A COMUNIDADE A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Culminância no Antoine vai da horta à ponta do pé! E tem parabéns...

Um dia festivo! Na última sexta feira, 03 de novembro, o CIEP Antoine Magarinos Torres Filho (BE Borel), comemorou a culminância de final de ano com a sensação de trabalho cumprido, e com duas datas especiais:o aniversário de 18 anos da escola e o dia internacional da pessoa com deficiência física. A equipe do Bairro Educador passeou pelo CIEP olhendo entrevistas e registrando todos os momentos do dia.

O dia começou com apresentações musicais de alunos e ex-alunos da escola, acompanhados pelos professores de educação musical, Sidney e Guilherme, e seguiu com as mostras dos trabalhos desenvolvidos nas oficinas do Mais Educação.

Além disso, esteve presente a trupe de teatro "Disse que:" da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e o encerramento do dia ficou por conta da nova parceria que promete fazer a meninada da escola rodopiar de alegria: a Escola de Ballet Petite Danse!

Tudo isso comandado pela figura forte e amável da diretora Lenita, que nos contou que "se você entra nessa escola para fazer o bem, voce será sempre bem vindo".
  
Os alunos de música cantaram "Na saída do Beco", que segundo o professor Guilherme Milagres, surgiu da ideia de se construir uma letra a partir das experiências do dia a dia das crianças, da vinda da UPP ao Borel, do que mudou e melhorou e perspectivas futuras. "Um aluno me disse: o meu beco é sem saída, moro no final do beco, atentei na hora para a possibilidade desta frase fazer parte da musica", afirmou Guilherme.

No Mais Educação, estiveram presentes todas as oficinas e seus professores: judô com Leandro, Miriam e Rodrigo, grafite com Jean e Juliana, musica com professores Marcelo, Victor e Sidney, letramento com Lili Rose, Soraya e Maurício, ciências com Márcio e Milena e com o ex-diretor do CIEP, Antonio Simão, e rádio com Miramar e Mayra.


Oficina de Judô

Contação de Histórias com Lili Rose



A coordenadora do projeto, Taís Aranda, nos contou um pouco de sua função: "Oriento para que os oficineiros trabalhem o conhecimento de sala de aula de forma lúdica, possibilitando a melhoria do aprendizado. O que noto é que eles extravasam a energia nas oficinas se se acalmam mais durante as aulas". As oficinas no CIEP tiveram início em julho do ano passado e Taís assumiu a coordenação em julho deste ano.

Trocando ideias por ai...

...Com Guilherme Milagres:
O professor de educação musical trabalha há 4 anos no municipio e no CIEP Antoine. A partir da ideia do projeto de musica do professor Sidney, que trabalha com alunos maiores, Guilherme resolveu complementar esse trabalho também explorando a criatividade dos menores. As aulas são desenvolvidas com quatro turmas e começaram no final de julho deste ano, com o objetivo das crianças participarem do FECEM.

Bairro Educador: Qual a importância da música na educação infantil?
Guilherme: Com a musica cria-se o senso de responsabilidade, concentração e melhoria no comportamento das crianças, e isso se reverbera em sala de aula. É importante porque algumas eram hiperativas, porém muito talentosas. Agora elas se organizam em grupos e sabem que são responsáveis por aquele trabalho.

Bairro Educador: Como é para você trabalhar com música, na função de educador e aqui no Borel?
Guilherme: Eu sou musico, além de professor e levo essa experiência para a sala de aula. Eu já morei aqui perto e já vivi diversas situações adversas. Eu também sou pai, me preocupo. Antes dava um boi para não trabalhar aqui, agora dou uma boiada para não sair dessa escola.

...Com Petherson, 8 anos, turma 1202:
Petherson é uma figurinha super simpática e participa do projeto de coral do professor Guilherme.

Bairro Educador: Por que você quis participar do coral?
Petherson: Porque eu já cantava e dançava bem e ai a tia Renata (professora da turma 1202) me escolheu. O tio guilherme também falou que eu cantava bem, ai eu fui. E no ano que vem eu quero muito continuar.

Bairro Educador: Como você usa a aula de música nas outras aulas?
Petherson: Eu melhorei na hora de escrever e de ler. Eu cantei e melhorou minha vida.

Bairro Educador: O que teve de mais legal na escola esse ano?
Petherson: O dia de hoje é muito importante porque a gente está representando a escola. Ah, e o Tela Brasil!

...Com a professora Renata, da turma 1202:
A professora Renata tem uma boa parte dos seus alunos integrados ao projeto de coral do professor Guilherme.

Bairro Educador: Como você vê o trabalho de educação musical?
Renata: Os alunos se envolvem melhor com as questões pedagógicas, tem um maior interesse em aprender a musica, sabendo que isso depende do envolvimento deles com a leitura e com a escrita.

...Com o Soldado Fábio Sarmeiro:
O Soldado Fábio se transforma em um divertido personagema na peça apresentada pela Polícia Militar. Através do PROERD, o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, as apresentações abordam, além da temática da violência e das drogas, a segurança no trânsito.

Bairro Educador: Como é para um policial trabalhar a educação através da arte?
Soldado Fábio: Maravilhoso ver uma criança assistindo nosso trabalho. Trabalhar essas questões de forma lúdica, através do instrumento do teatro é muito importante. Além de oferecer a possibilidade para pessoas que nunca assistiram nenhuma peça antes.

...Com Victor Ribeiro, professor da oficina de musica do Programa Mais Educação:
O professor Victor é formado em musica, trabalha na área há 6 anos e como oficineiro atua no CIEP desde julho deste ano.

Bairro Educador: Por que trabalhar com Educação Infantil?
Victor: É uma responsabilidade trabalhar com criança. O profissional de música não é muito valorizado, principalmente o professor de música. A arte não é só entretenimento, é educação também. A música abre caminhos para a parcepção, sensibilidade, escuta e responsabilidade. Como nesta fase esse é o primero contato com música para muitas crianças, a ideia é conseguir aplicar noções de como a musica é feita, estimular o senso crítico em relação à escuta musical. É possível e necessário construir uma sociedade através da arte, como uma filosofia aplicada, e valorizar isso dentro da educação é fundamental.

Bairro Educador: Você consegue saber como sua aula se reflete nas aulas regulares?
Victor: Eu sei que neste semestre eu já plantei uma semente. São muito pequenos ainda. Eu tenho trabalhado jogos, também como forma de parcepção musical. É um trabalho de experimentação, como se faz na música mesmo, por esse caminho e por esse contato.

E agora o grand finale!
No finalzinho da tarde chegou ao colégio uma galera super bacana. A nova parceria, com a Escola de Dança Petite Danse promete agitar a criançada. Os estudantes de dança fizeram diversas apresentações, em solo, duo ou conjunto, passando por variados ritmos, desde o clássico até o jazz, passando pelo samba de gafieira. Os pequenos ficaram deslumbrados com bailarinas sendo erguidas ao alto e meninos dançando uma dança que supõe-se "ser coisa de menina". E para nossa felicidade, muitos dos meninos demonstraram interesse pela dança. As aulas vão funcionar sob a ótica da oficina do programa Mais Educação.


Agradecemos a participação do BE Maré, que esteve presente na comemoração da culminância, registrando a festa, ao gestor de projetos Thiago Sobral e ao gestor de núcleo José Roberto Lobo, pela ajuda na organização do evento e recepção dos novos parceiros.

Querem dançar com a gente? Fiquem de olho nas novidades!

Um comentário:

  1. Realmente todos os evolvidos estão de PARABÉNS! O evento foi muito bem organizado e as apresentações foram ótimas! Vale ressaltar, o comprometimento da equipe do BE Borel que esteve presente do começo ao fim no evento! Vocês estão de parabéns!!!!

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