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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

BE integra música à educação


Em comemoração ao Dia das Crianças, o Quinteto Villa Lobos, grupo formado por músicos instrumentistas que exercem atividades de solistas no Brasil e no exterior, se apresentou na quarta feira, 10 de outubro, para os estudantes do CIEP Willy Brandt, integrante do BE Jacaré. A atividade se deu por meio de uma articulação realizada entre a unidade escolar, o Bairro Educador e a Agência de Projetos Culturais Baluarte. O grupo trabalha com os estudantes a música clássica de uma forma lúdica e realiza “concertos didáticos” em média de 60 escolas por ano no estado do Rio de Janeiro.


O Quinteto Villa Lobos, composto pelos músicos: Rubem Schuenck (flauta), Luis Carlos Justi (oboé), Aloysio Fagerlande (fagote), Paulo Sergio Santos (clarinete) e Philip Doyle (trompa), completa meio século de história este ano. Para Aloysio Fagerlande, músico e coordenador artístico do Quinteto, o grupo tem como missão resgatar a importância das aulas de música no currículo escolar.

“Nosso objetivo é mostrar para estes alunos outros gêneros musicais, diferente do que a maioria está acostumada a ouvir, como por exemplo, o funk e o pagode. É importante que a escola priorize o ensino da música nas salas de aula, pois além de trabalhar o emocional, estimula positivamente o convívio social, proporcionando assim um exercício de diálogo entre os alunos”, disse o músico.


O Quinteto Villa Lobos mostrou para os estudantes a origem e funções dos instrumentos musicais, tocaram canções da Música Popular Brasileira (MPB), ressaltando a cultura folclórica e contaram a história de músicos e compositores renomados da história da música clássica.


Em agosto de 2008 foi sancionada a lei nº 11.769 que torna obrigatório o ensino de música na grade curricular das escolas de nível fundamental e médio. De acordo com a diretora adjunta, Solange de Sousa, a iniciativa do Bairro Educador em levar o Quinteto para se apresentar na escola a estimulou a resgatar o projeto de música do CIEP.

“Pensamos em colocar um projeto de música em prática novamente na escola, e vendo a reação dos alunos ao ouvirem a música clássica isso me estimulou mais ainda a continuar com essa ideia. Este tipo de ação amplia a visão do aluno perante o mundo e faz com que eles se interessem por estilos musicais que não fazem parte da realidade deles, contribuindo assim, para a disseminação da cultura no país”, ressaltou Solange.


Segundo o estudante do 6º ano, Thiago Sampaio, ele nunca teve a oportunidade de assistir a uma apresentação de concerto ao vivo e ressaltou que conheceu a música clássica através do pai.

“A primeira melodia que aprendi a tocar no teclado foi a 1ª sinfonia de Bethoven. Sempre me interessei pela música clássica, pois me proporciona uma viagem ao passado. Gostaria que voltássemos a ter aulas de música aqui na escola, mas com maior quantidade de aulas práticas, e não só teóricas”, afirmou o estudante.

Por Ana Paula Santana.

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