A história e influência
da cultura africana nas tradições e costumes do povo brasileiro foram conteúdos
trabalhados durante a culminância do projeto “Unindo o Adão e a África pelo mar
da imaginação”, realizada na sexta feira, 23, no CIEP Dr. Adão Pereira Nunes,
integrante do BE Irajá. O objetivo deste trabalho foi mostrar aos estudantes
que o samba, a capoeira, o candomblé, a feijoada, entre outros costumes, são
heranças que os povos africanos trouxeram para o Brasil durante a escravidão.
Acessórios da cultura africana
A ideia de trabalhar a
cultura africana surgiu a partir de um pedido dos estudantes, que tinham
interesse em aprofundar os conhecimentos sobre a cultura africana. A professora Cláudia Marques com o
apoio do Bairro Educador, atendeu a solicitação da turma, e decidiu trabalhar
este conteúdo, que serviu de inspiração
para o Projeto Político Pedagógico (PPP) do CIEP em 2013, que será calcado no
tema: identidade cultural e no 4 Bimestre será sobre a África.
Palestrantes, diretora e professoras do CIEP
Para a estudante do 5º
ano, Karoline Oliveira, há uma grande diversidade cultural no continente
africano e através das pesquisas que fez, percebeu que nos países não há
somente pobreza e sofrimento.
Karoline Oliveira representando Princesa Isabel em espetáculo teatral
“Aprendi que na África
não tem só sofrimento e guerra, lá existe um povo feliz e uma cultura muito
rica e bonita. Quero aprender a língua africana, para depois poder viajar e
conhecer vários países da África”, concluiu Karoline.
A culminância contou
com um workshop de trança nagô, uma peça teatral encenada pelos próprios
estudantes do CIEP (que contaram a história da libertação dos escravos no
Brasil), apresentação de danças africanas com os estudantes do CIEP Antonio
Candeia Filho (unidade escolar integrante do BE Acari), palestra sobre cultura
e costumes africanos, a exposição “Um pedaço da África”, uma apresentação do
projeto “Samba menino”, que utiliza a música para contar a história do samba de
uma forma lúdica, além de outras atividades.
Workshop de trança nagô com a trançadeira Ilma Gonçalves
O professor
universitário e diretor da Escola de Negócios da Faculdade São José, Koffi
Djima Amouzou, nascido em Togo, na África, veio para o Brasil em 1997. Ele foi
convidado pelo BE para falar sobre tradições e costumes africanos para os
estudantes.
Djima explicou que em
alguns países africanos a escolha dos nomes é feita de acordo com o dia da
semana, a hora e a condição do tempo em que a criança nasce. Os estudantes
interagiram com o palestrante e aprenderam que nomes teriam se tivessem nascido
em Togo, por exemplo.
Koffi Djima ressaltou a importância da aplicação da lei na
rede de ensino do Brasil.
Djima explicando a origem dos nomes aficanos para os estudantes
“A
obrigatoriedade da cultura africana no currículo escolar ajuda os alunos a
conhecerem melhor as raízes dessa cultura que está integrada à cultura
brasileira, fortalecendo a integração entre Brasil e África. Falei bastante
sobre obediência e respeito, que são elementos importantes para facilitar o
aprendizado deles sobre os costumes africanos”, ressaltou Djima.
Estudantes que fizeram uma apresentação de dança frevo
O BE também
convidou o estudante africano, Abbé Tossa para um bate papo com os alunos.
Nascido em Benin, país localizado a oeste do continente africano, Tossa, que
também é descendente de família real, ganhou do governo africano uma bolsa para
vir ao Brasil para estudar língua portuguesa na UFRJ e propagar sua cultura
pelo país. Ele falou sobre a importância dos estudos e destacou que através da
educação é possível diminuir o preconceito que as pessoas têm com relação a
África e com os negros.
Tossa e estudante do CIEP
“Acho
que esse trabalho vai ajudar os alunos a mudarem a concepção que eles têm sobre
a África, criados a partir de alguns estereótipos criados pelos meios de
comunicação sobre o continente”, disse Tossa.
Estudantes tocando o ritmo do samba
De
acordo com Ademilda da Silva, diretora do CIEP, a parceria com o BE satisfaz os
anseios da escola, pois o projeto proporciona conhecimento de uma forma
interativa com os estudantes. Para ela trabalhar a cultura africana foi algo
enriquecedor para os alunos, que têm “sede de saber”.
Os africanos Abbé Tossa e Koffi Djima e a diretora do CIEP
“Foi
ótimo realizarmos este evento em plena semana da Consciência Negra. Nosso
objetivo, através dessas atividades foi trabalhar a questão do aluno ser
crítico, mas com embasamento. O BE, através das parecrias, possibilita que os
alunos saiam da comunidade local para participar de atividades culturais e
outros eventos, ampliando o aprendizado deles”, ressaltou a diretora.
Por Ana Paula Santana
Foi um prazer conhecer vocês. Voltarei um dia ver voces la na escola.
ResponderExcluirAfroabraços
Aiii Que sdds do RJ😍
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