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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Museu do Folclore desenvolve atividade sobre Cultura Popular


Durante o mês de setembro e outubro a Escola Municipal Olímpia do Couto, BE Irajá, em parceria com o Museu do Folclore, desenvolveu diferentes atividades sobre Cultura Popular, relacionadas ao projeto “Diversidade Cultural”, beneficiando cerca de 95 estudantes do 5o ano da unidade escolar.


Através destas atividades, os estudantes puderam ampliar os seus conhecimentos ligados a cultura popular, através de palestras sobre folclore, literatura de cordel e oficina de xilogravura. Durante as atividades, os alunos descobriram que na comunidade onde vivem, conhecida popularmente como comunidade do Amarelinho, existe uma diversidade de elementos de cultura popular, bastante típica da comunidade, mas que não eram reconhecidas. Exemplo disto são as gírias e ditos populares, usadas pelos estudantes em seu dia a dia e que foram criadas pela comunidade e repassadas oralmente pelos habitantes locais.

Agora ninguém mais vai falar que onde eu moro é sem cultura. Aprendi na palestra que cultura é tudo aquilo que o homem produz e cultura popular é tudo aquilo criado pelo povo e passado de forma oral para as outras pessoas. E isso tem aqui na comunidade! Exemplo disso é a expressão “Tá de soci”, todo mundo que mora aqui (no Amarelinho) sabe o que significa: a pessoa está tranquila, mas quem não mora aqui não entende”, afirmou o estudante Eduardo Oliveira, da turma 1502.


Além de resgatar as tradições da comunidade onde moram, os alunos puderam ampliar os conceitos sobre folclore, que geralmente está ligado aos elementos clássicos, tais como: lendas, parlendas, festas, o que é o que é, etc. O Museu do Folclore forneceu o Projeto Mala e Cuia, que é uma espécie de biblioteca itinerante feita para o universo escolar, como finalidade disponibilizar para a comunidade uma fonte diversificada de pesquisa sobre cultura popular.

Possibilitar que os estudantes possam entender o folclore como algo relacionado não apenas a lendas, mas também a cultura de um povo que vive em constante transformação, é também incentivar a preservação da cultura popular e possibilitar a sua continuidade por gerações”, afirmou Ana Treto, do setor de difusão cultural do Museu do Folclore.

A oportunidade desses alunos descobrirem que entendem muito mais que lendas e parlendas, mas sobre o folclore de uma forma mais ampla e inclusiva, tem um valor inestimável. Conforme eles foram percebendo que conheciam sobre os assuntos que foram abordados, mas não usavam os termos adequados para classificar os seus saberes, a fisionomia e a postura mudaram. Já que de meros expectadores da palestra passaram a ser protagonistas do saber”, relembrou a professora Luciana Souza da turma 1503.


Valorizar o conhecimento prévio dos estudantes é uma das formas de tornar a aprendizagem significativa para eles. Para o Projeto Bairro Educador, possibilitar uma atividade onde os estudantes sejam ativos durante todo o processo de aprendizagem é contribuir para o aumento da curiosidade dos alunos, um dos fatores fundamentais no interesse e busca pelo conhecimento.

A parte que eu mais gostei foi fazer o desenho no isopor. Fazer o desenho foi fácil, difícil vai ser criar um cordel cheio de rimas e simetria de acordo com este desenho”, afirmavam os estudantes ao final da oficina deisogravura.


A isogravura é uma forma de reproduzir uma versão adaptada da xilogravura, que é uma ilustração utilizando madeira muito usada na literatura de cordel, e a gestora de projetos adaptou a técnica e usou a isogravura, uma técnica que utiliza gravura em isopor para fazer as ilustrações, e não a madeira.


No último dia da atividade sobre literatura de cordel, os estudantes foram presenteados com a presença da Rita Bizarro, que foi cobrir a atividade para o blog da 5a CRE no Rio Educa. Para a surpresa dos estudantes, a Rita além de fazer cobertura para as matérias do blog é também escritora e cordelista. Os estudantes quando souberam da notícia começaram a fazer perguntas sobre a vida de escritora.

O Projeto Bairro Educador parabeniza a unidade escolar pela iniciativa do desenvolvimento do Projeto Diversidade Cultural, aos professores, a Rita Bizarro e estudantes que participaram.

Por Ana Carolina Duarte

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