Há sempre um olhar. Um olhar pela Janela daquele que precisa ver o tempo passar. Um olhar para as estrelas para o aquele que deseja sonhar. Um olhar para o céu e esperar que venha uma notícia boa ou uma boa-nova. Ainda assim, sonhar e esperar são ideias daqueles que não tem mais como lutar. “A esperança é o sonho do homem que está acordado”, escrevia Aristóteles.
No dia 21 de Setembro de 2006, a Assembléia Geral da ONU, representada pela voz de Kofi Annan proclamava este como o Dia Internacional da Paz. Não somente do sonho da Paz, nem mesmo da promessa de Paz, mas um sonho de luta pela Paz. Não é contraditório, o dia 21 de Semtebro seria um dia de cessar-fogo e não violência em todo o mundo. O dia 21 então era um dia não só de pensar a Paz, mas sim de fazer algo pela paz.
Na Vila Kennedy, a palavra PAZ vem trazendo um significado de união na Comunidade. Não há mais a esperança, há a vontade e a luta dessa Comunidade para que a haja tranquilidade na Vila. As Sete Escolas do Amanhã da Vila Kennedy precisavam participar desse movimento. Precisavam se tornar parte desse movimento. Os alunos que vivem na comunidade precisavam desabafar. Mas como dar voz aos alunos da Vila Kennedy?
Na Vila Kennedy, a palavra PAZ vem trazendo um significado de união na Comunidade. Não há mais a esperança, há a vontade e a luta dessa Comunidade para que a haja tranquilidade na Vila. As Sete Escolas do Amanhã da Vila Kennedy precisavam participar desse movimento. Precisavam se tornar parte desse movimento. Os alunos que vivem na comunidade precisavam desabafar. Mas como dar voz aos alunos da Vila Kennedy?
Há muito, o filósofo Epicuro estava no exercito e nas horas de descanso pensava em como poderia colocar nas nuvens seus escritos sobre a tranquilidade da alma para os outros. Como enviar uma mensagem de paz e de como pensar a felicidade. Não havia resposta, mas seus escritos alcançaram milhões na modernidade.
Como pensar o desabafo dos alunos? Apenas escrever não fazia mais sentido, as redações não ajudavam mais, os diários dos alunos em pequenos espaços nos cadernos eram tantos que não faziam mais sentido. Expor os trabalhos na escola também não era a melhor maneira. Os trabalhos poderiam ocupar cada tijolo de cada escola e não seria suficiente, na visão dos alunos, continuaria preso para poucos. Desenhos na comunidade? Isso era uma boa ideia e será feito, mas até o caminhar pela comunidade possui suas dificuldades por conta da violência inesperada e nem sempre sair com os alunos é possível.
“Um balão de gás”. Foi a resposta da equipe do IABAS, o Núcleo de Saúde nas Escolas, durante uma conversa com a Gestora Suely Firmino do Bairro Educador. “E se as redações, as frases e os desenhos dos alunos voassem presos nas em bolas cheias de gás?”
No dia 20 de Setembro, um dia antes do Dia Internacional da Paz, um dia antes do cessar-fogo de 24 horas em todo o planeta. Exatamente 700 alunos, das sete escolas da Vila Kennedy desabafaram sobre seus sentimentos e deram um recado de cessar-fogo na Comunidade. Rodas de conversas com os alunos, redações e palavras de ordem com o tema da PAZ foram espalhadas em folhas de caderno com a ajuda da direção de cada escola e com a ajuda de cada professor e professora. Os coletivos de Hip Hop da Vila Kennedy se organizaram para montar uma coreografia com os alunos para o dia da Paz. Música e dança unindo alunos pela PAZ.
Em Campo Grande, um forte parceiro do Bairro Educador, o Curso de Desenho Republica da Arte enviou sete professores que conduziram ao mesmo tempo sete oficinas para os alunos das escolas. Desenhos simbolizando a paz seriam também enviados nos balões. O Movimento Comunitário “A Vila Quer Paz” chamou a Comunidade. 700 alunos iriam fazer barulho e ocupar o céu da Vila Kennedy. “Juntos fazemos a Paz, somos 700 mais a Vila Inteira”, dizia o Líder Comunitário Jorginho no apoio a atividade.
Em Campo Grande, um forte parceiro do Bairro Educador, o Curso de Desenho Republica da Arte enviou sete professores que conduziram ao mesmo tempo sete oficinas para os alunos das escolas. Desenhos simbolizando a paz seriam também enviados nos balões. O Movimento Comunitário “A Vila Quer Paz” chamou a Comunidade. 700 alunos iriam fazer barulho e ocupar o céu da Vila Kennedy. “Juntos fazemos a Paz, somos 700 mais a Vila Inteira”, dizia o Líder Comunitário Jorginho no apoio a atividade.
Às 11h15, precisamente, alunos, professores, funcionários e a Comunidade olharam para o céu azul da Vila Kennedy. 700 balões brancos carregavam as mensagens de Paz, não era esperança ou sonho, era um movimento de força e luta em desenhos, redações, frases e pensamentos. Os alunos das 7 Escolas do Amanhã alcançaram o céu da Vila da Kennedy com essa força.
Dois dias depois, a diretora de uma das escolas ligou para o Bairro Educador: “Pessoal! Estão ligando para nossa escola. As pessoas receberam nossa mensagem e palavras de apoio estão chegando.”
A Vila Kennedy, o IABAS, o Movimento “A Vila Quer Paz” e o Bairro Educador ajudam na luta pela Paz.
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