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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ações Locais e repercussões globais na RIO+20

No último dia 14 de junho, a Escola Municipal Santa Catarina celebrou o início da Rio +20 com duas ações, em sintonia com o início as atividades da Conferência das Nações Unidas no Rio de Janeiro. Em uma ação conjunta entre Secretaria Municipal de Educação e CEDAE foi proposto aos alunos o plantio de uma árvore no espaço da escola. Mas por que plantar uma árvore? Pergunta feita por uma aluna do grêmio escolar! Nasceu assim a ideia de um debate junto ao 9º ano sobre a importância da floresta no clima urbano e de que forma a qualidade de vida do ser humano é modificada a medida que adotamos o replantio de árvores na cidade.
alunos durante debate sobre a importância das árvores na cidade
Em parceria com a professora de Ciências Audrey e com Grêmio Estudantil LOQUITRAN foi realizado um bate-papo com os alunos no qual foram discutidas questões urbanas, como as ilhas de calor, geradas a partir de um processo continuo de urbanização, muito comum nos dias de hoje. Sempre levando a experiência dos alunos como fundamental para se construir o saber foi discutida a diferença de temperatura entre áreas com presença de florestas e locais onde o urbano (aqui entendido como aquilo de artificial que o homem constrói no seu espaço) tornou-se preponderante. Partindo de exemplos do dia-dia como a cor da blusa que usamos em dias muito abafados pode-se perceber que superfícies mais claras tendem a refletir mais os raios sol, portanto, acumulam menos calor. Em contrapartida materiais como cimento, asfalto, concreto acumulam mais calor, gerando assim menor conforto e qualidade de vida para o homem. 

Grêmio estudantil e representantes de turma na prévia do plantio do Ipê Roxo
Agora sim plantar uma árvore começa a ganhar sentido. Ao caminhar pelo centro da cidade, mais precisamente na rua da Alfandega temos uma sensação térmica mais quente em relação ao campo de Santana aonde temos presença de árvores  a temperatura é muito mais agradável. Outro fator trabalhado com os alunos é o papel das florestas que captam o CO2 (emitido pelas diversas atividades urbanas) transformando-os em oxigênio e liberando-os na atmosfera, por isso, a poluição presente no ar tende a diminuir a medida que contribuímos para o reflorestamento e preservação das matas.

diferença evidente de sensação térmica entre áreas próximas

Durante a discussão os alunos também tiveram a oportunidade de assistir um vídeo que simulava o plantio de uma árvore (com fundo musical no ritmo de Armandinho, com a letra de semente). Além da mensagem ambiental o vídeo  se utiliza de uma figura de linguagem para construir e questionar valores postos na sociedade. 

Tabebuia impetiginosa. Ou ipê roxo, árvore que os estudantes escolheram plantar, é uma espécie nativa de Mata-Atlântica, muito conhecida e utilizada na urbanização de cidades pela sua beleza e constante floração. Vale lembrar que o ipê também é utilizado como chá que auxilia em doenças como diabetes, úlceras, mal de Parkinson entre outras. 

A beleza do Ipê Roxo
Após debate sobre conscientização ambiental e plantio do Ipê roxo no espaço da escola, duas participantes do grêmio distribuíram nas turmas do ensino fundamental I cartilhas que tinham como tema: ecologia e Rio+20. A ideia central foi integrar a todos nessas ações e contribuir para a construção de uma escola integrada, na qual todos os alunos são fundamentais no processo de aprendizagem.
Unidos pelo reflorestamento

Esta atividade foi realizada através da integração entre a Secretaria Municipal de Educação, CEDAE, direção,  professores, alunos agentes educadores e Bairro Educador.

Por Eduardo Gryzagoridis e Grêmio Estudantil LOQUITRAN

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