A COMUNIDADE A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO


terça-feira, 27 de março de 2012

Bairro Educador Bangu contando histórias



A arte de contar histórias é uma prática milenar que teve início nos primórdios da humanidade por meio da tradição oral, sendo intensificadas na Grécia Antiga e no Império Árabe – por meio das histórias presentes na obra “As mil e uma noites”, contadas por Sherazade. Essa arte amplia o universo literário, desperta o interesse pela leitura e estimula a imaginação através da construção de imagens interiores. Narrar uma história será sempre um exercício de renovação da vida, isto é um encontro  com o imaginário, que também traz o desafio de construir um final a maneira de cada leitor/ouvinte.


Algo semelhante aconteceu na Escola Municipal Ayrton Senna da Silva no Bairro Educador Bangu, onde os alunos do primeiro turno conheceram um mundo de surpresas e muita imaginação, guiados pela contadora de histórias Thaiane Leal. Eles “viajaram até o fundo do mar” e descobriram a aventura de uma menina chamada Flor, onde sua história é contada através de uma canção da artista Bia Bedran. A contadora de histórias foi surpreendida com um coral de alunos que cantaram a canção da história.



Em 2011 o Bairro Educador em parceria com o Coletivo Peneira, que dentre outras atividades promoveu o espetáculo “Urucuia Grande Sertão” nos micro territórios de paz na Zona Oeste, foi apresentado à contadora de histórias Thaiane Leal que integra o Coletivo Peneira. A partir das demandas das escolas do BE Bangu e BE Jabour a contadora de história tornou-se voluntária.
No BE Bangu a solicitação partiu da diretora adjunta da Escola Municipal Ayrton Senna que é fã dos contos.  A escola possui no turno da tarde a oficina do projeto Mais Educação: “Os Tapetes contadores de história” e o Bairro Educador através desta atividade possibilitará o desenvolvimento da leitura de toda a unidade escolar.


A contação de histórias age na formação da criança em várias áreas. Contribui no desenvolvimento intelectual, pois desperta o interesse pela leitura e estimula a imaginação por meio da construção de imagens interiores e dos universos da realidade e da ficção, dos cenários, personagens e ações que são narradas em cada história.
As histórias também desenvolvem uma função de construção de conhecimento social da realidade junto a formação de valores e conceitos, pois embora seja ficção, o texto literário tem o poder de revelar a realidade social e até desmascarar suas mentiras, de forma que: “a ficção pode ser mais real que o que se quer real, e o real pode ser mais ficcional que o que se quer ficcional” (Roland Barthes).


Em uma sociedade tecnicista como a atual, contar e ouvir histórias é uma possibilidade libertária de aprendizagem e uma atividade de suma importância na construção do conhecimento e do desenvolvimento ético e significativo da criança enquanto ser humano.



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