Anda, quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão da nossa casa,
Vem que ta na hora de arrumar ...
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova, vamos precisar de muito amor ...
A paz na terra, amor, o sal da Terra...
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois...
Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois...
Deixa nascer o amor, deixa fluir o amor
Deixa crescer o amor, deixa viver o amor...
(O sal da terra, Beto Guedes)
A palavra bullying ainda é pouco conhecida do grande público. De origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizada para qualificar comportamentos violentos no âmbito escolar, tanto de meninos quanto de meninas. Dentre esses comportamentos podemos destacar as agressões, os assédios e as ações desrespeitosas, todos realizados de maneira recorrente e intencional por parte dos agressores.
É fundamental explicitar que as atitudes tomadas por um ou mais agressores contra um ou alguns estudantes, geralmente, não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Isso significa dizer que, de forma quase “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas. E isso, invariavelmente, sempre produz, alimenta e até perpetua muita dor e sofrimento nos vitimados.
Como o bullying virou moda nos grupos de estudantes adolescentes, convidamos o Instituto Noos para participar da 1º roda de conversa com os alunos da Escola Municipal Liberdade organizada pelo Bairro Educador, Ensina e Programa Saúde nas escolas. Os 25 alunos presentes tiveram a oportunidade de refletir e trocar experiências sobre as diferentes formas de bullying, as suas conseqüências psíquicas e comportamentais, sintomas psicossomáticos, a depressão, os transtornos e os quadros menos freqüentes que são a esquizofrenia, suicídio e homicídio.
A continuidade desta reflexão se deu com construção de cartazes produzidos pelos próprios alunos, onde mais uma vez do jeito deles, puderam expressar seus pensamentos e aflições, nos leva à reflexão sobre o ontem, o hoje e tudo o que há de vir.
Por Isabel Assis, Gestora de Projeto do Bairro Educador Santa Cruz
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