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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O descobrir Das Coisas - Um Certo Pé de Laranja Lima no BE Bangu

A trilha educativa “O meu pé de Laranja Lima” teve inicio no ultimo dia 10 de outubro, quando o núcleo de comunicação do CIEP Olof Palme, composto pelos alunos do grêmio, Alessandro da Silva, Wanda Larissa, Ana Paula e Luiz Claudio, foi capacitado para ocupar funções para a produção de vídeos documentários, e-zine e jornal mural. O Núcleo irá sensibilizar os alunos para a produção de material que comunicará as atividades da Trilha Educativa. O Jornal Mural será um ponto de exposição das notícias para alunos, funcionários e responsáveis como forma de repassar a produção e pesquisa realizada pelos alunos.

Acompanhando as atividades agendadas, o Núcleo de Comunicação realizou sua primeira entrevista com das mais antigas moradoras do bairro e diretora do Centro Comunitário de Defesa da Cidadania (CCDC), Dona Zica.

O Núcleo de Comunicação junto com o Técnico de Enfermagem do NES, Rodrigo Costa, elaboraram quatro perguntas e a principal foi:

“O que você acha do começo da fundação da comunidade da Vila Aliança e as mudanças que nos trazem ao dia de hoje?". Uma pergunta marcante na qual D. Zica se recorda desde sua saída no morro do Pasmado até sua chegada em Vila Aliança onde todos teriam que se adaptar com suas novas condições de moradia.

Ao decorrer da entrevista D. Zica se mostra muito emocionada e muito contente com a criação do núcleo de comunicação. 

Ao final da entrevista, D. Zica desabafa e resume sua felicidade em ver como as crianças estão dispostas e focadas no desenvolvimento da Trilha Educativa e no ensinamento que será passado para todos os alunos do CIEP.

Mais sobre a Trilha Educativa "O Meu Pé de Lima":

A Trilha Educativa “O meu pé de laranja lima” surgiu através de reunião do Gestor de Núcleo Fabiano Silva, com a diretora do CIEP Olof Palme, Ângela, que é moradora do bairro de Bangu e apaixonada pela história local. A Trilha “O meu pé de laranja lima” será utilizada como base para a desmistificação do bairro, onde faremos uma viagem ao passado, utilizando o livro do renomado escritor: José Mauro de Vasconcelos.

É um livro extremamente marcante, comovente e triste. Marcante pela ironia da sua história, comovente pela simplicidade transmitida e com que é escrito e triste pela dor e pelas perdas retratadas, com uma mescla de turbulentas emoções e pequenas conquistas e vitórias, vividas pelas personagens, que vêm ao rubro de forma simples e eloquente em cada palavra. Nesse sentido, a Trilha Educativa aqui apresentada se encaixa numa comunicação perfeita com a proposta anterior desenhada pela Trilha da Metamorfose. O amadurecimento de Zezé e as descobertas, nesse caso serão retratadas como os passos dos alunos pela trilha. Amadurecimento aqui será sinônimo de aprendizado e descoberta.

O livro será utilizado como um norteador que nos permite grandes lembranças do passado do bairro de Bangu, contando com a evolução do mesmo, passaremos pelos principais pontos, como: Cassino Bangu, Bangu Atlético Clube, Cinemas, Fabrica Bangu, entre outros.

A Trilha Educativa “O meu pé de laranja lima” busca trabalhar entre os alunos e a comunidade a desmistificação da comunidade.

A trilha educativa aqui proposta pelo Projeto Bairro Educador utiliza metodologia dialética onde cabe ao docente/professor da rede municipal de ensino de cada escola, que vivência o potencial educativo deste caminho que combina conteúdo de sala de aula com valorização do espaço comunitário em operação educativa, a partir do despertar da curiosidade de seus alunos. E ainda para o Bairro Educador, as trilhas educativas devem funcionar como extensões da sala de aula, formadas por praças, parques, ateliês, becos, estúdios, oficinas, empresas, museus, teatros, cinemas, parques de diversão, centros esportivos, bibliotecas, livrarias, escolas de samba, associações de moradores, igrejas, cooperativas e espaços que ofereçam possibilidade de aprendizagem.

Nesse caso, a trilha em questão deseja contribuir para a sensibilização do aluno quanto ao descobrir das coisas, quanto ao amadurecimento autônomo da aprendizagem de cada aluno que participará da trilha. Para isso, será construído em dado momento dois marcos de avaliação que estimulará o aluno a se entender como individuo e enquanto estudante descobridor do mundo ao redor.

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