Entre os dias 11 e 21
de setembro, onze unidades escolares pertencentes ao Bairro Educador receberam
o projeto ‘Brasil de Tuhu’ com a atividade ‘Concertos Interativos’.
Na última
quarta-feira, dia 19 de setembro, foi a vez dos estudantes do CIEP Maestro
Francisco Mignone, integrante do BE Vila Cruzeiro, conhecerem de perto a obra e
a vida de um dos maiores músicos brasileiros: Maestro Heitor Villa Lobos.
Há quatro anos o Quarteto Radamés Gnattali
colocou na estrada o projeto educativo ‘Brasil de Tuhu’, que circula o país
levando música clássica do Maestro Heitor Villa Lobos, apelidado por sua
família de ‘Tuhu’ pela paixão que tinha pelo som dos trens, para jovens de
diferentes cidades, em sua maioria interioranas.
Em 2012, o projeto
passa, pela segunda vez, pelo Rio de Janeiro e conta com o apoio do CIEDS –
Centro Integrado de Estudos e Programas em Desenvolvimento Sustentável - para
proporcionar aos estudantes da rede municipal de ensino o contato com a música
erudita, de forma descontraída e informal.
Através de
brincadeiras, o Quarteto Radamés Gnattali, composto por Carla Rincón e Andréia Carizzi
nos violinos, Fernando Thebaldi na viola e Hugo Pilger no violoncelo,
idealizadores e realizadores do projeto, apresentou para cerca de 120 alunos do ensino fundamental a
música e a história do Maestro Villa Lobos.
“Queremos sair da
teoria. Quando usamos a prática, o assunto fica na memória. A ideia do Concerto
Interativo é criar o aprendizado de forma lúdica, para que os estudantes vejam
a música como uma forma de brincar.” Afirmou Carla Rincón, que além de violinista é a
coordenadora pedagógica do projeto.
“Na abertura do
concerto, o Quarteto deu grande importância ao artista que dá nome ao CIEP, o
Maestro Francisco Mignone. Isso faz com que os alunos conheçam o músico, saibam
do papel que ele teve na história da música no Brasil e valorizem o lugar onde
estudam.” Afirmou.
A execução do projeto é do próprio Quarteto
Radamés Gnattali e da Baluarte
Agência de Projetos Culturais, mas a ideia de valorizar a cultura nacional e resgatar
nos jovens o gosto pela música clássica não é de hoje. O ‘Brasil de Tuhu’ se
baseia no antológico Guia Prático de Heitor Villa Lobos - coletânea de 137 arranjos que o Maestro criou nos anos 30 com
o intuito de adaptar a música folclórica brasileira e preservar a cultura musical do país.
“A música folclórica resgata valores culturais, de identidade, autoconhecimento, confiança. Queremos que as crianças brasileiras conheçam a história e a cultura do país onde vivem.” Disse Carla Rincón.
“É preciso também
desconstruir os preconceitos que se tem com a música erudita. Qualquer pessoa,
de qualquer idade e qualquer classe social pode ouvir música clássica.
A música clássica faz parte da nossa
cultura e deve estar em toda a parte.” Completou Hugo
Pilger.
Por Marina Rotenbeg
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