O Coletivo, Meninas
Black Power, levou uma atividade educativa sobre auto-estima e auto-construção
para o 7° ano da Escola Municipal Jorge de Gouvêa, BE Vigário Geral, no dia 17
de junho. Houve bate papos sobre os processos de construção da negritude, a
partir do cabelo, e dinâmicas para estimular as percepções dos alunos sobre si
mesmos.
A partir dos
testemunhos das integrantes do grupo (Natália Regina, Élida de Aquino e Fabíola
de Oliveira), houve bate papo sobre os diversos processos de construção da
identidade e como o cabelo crespo delas, além do corpo negro, foram formas das
mesmas buscarem o auto conhecimento. Depois dos exemplos, os alunos foram
estimulados a refletir sobre suas próprias formações étnicas. “O que faz a
gente ser negro?”, foi a pergunta base para que eles fossem revelando falas
preconceituosas: “Ela tem cabelo de assolan”, “Cabelo liso é bonito, cabelo
duro não”, “Olha o cabelo dele. É cabelo de Cirilo”.
Em seguida, através de
uma dinâmica eles foram propostos a escreverem sobre suas impressões em relação
aos seus próprios cabelos.
Ao final todos
refletiram sobre o fato que o cabelo, além de promover a construção de
identidade, é índice da história da família, é “ferramenta” de afirmação,
tomada de consciência e poder. E com
alegria as integrantes fizeram penteados afros nas alunas e alunos que quiseram
repensar a relação com seus próprios cabelos na prática.
Por
Daiane Ramos
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