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quarta-feira, 27 de março de 2013

Colóquio Internacional de Ciências Sociais da Educação


A Universidade do Minho, localizada na cidade portuguesa de Braga, sediou nos dias 25, 26 e 27 de março, o I Colóquio Internacional de Ciências Sociais da Educação, em paralelo ao III Encontro de Sociologia da Educação, que teve como tema o “Não-formal e o Informal em Educação: Centralidades e Periferias” e contou com a participação do gestor de núcleo do projeto Bairro Educador Adriano Araújo, que representou o CIEDS (instituição executora do projeto).


O Colóquio foi uma promoção do Departamento de Ciências Sociais da Educação da Universidade do Minho, da Seção de Sociologia da Educação da Associação Portuguesa de Sociologia e da Asociación de Sociologia de la Educación, da Espanha.

O CIEDS fez-se representar através do texto enviado e aprovado, produzido por Adriano Araújo, em parceria com a coordenadora geral do Projeto Bairro Educador, Marcia Florêncio. O texto relata o início de um estudo de caso abordando o processo de educação não-formal desenvolvido pelo projeto Bairro Educador junto ao CIEP Doutor Adão Pereira Nunes, em Irajá, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. A íntegra do texto pode ser consultada no link: http://migre.me/dNaDN.


O Colóquio reuniu pesquisadores e representantes de instituições de Portugal, Espanha, Inglaterra e Brasil, tendo como objetivo discutir e apresentar informações relativas aos processos de educação não restrita às escolas, mesmo que em diálogo e em parceria com essas.

Na abertura do Colóquio, o professor Alan Rogers, da Universidade de East Anglia (Norwich, Inglaterra) apresentou a conferência “Everyday learning and education: exploring the relationship between these two filds”. Rogers argumentou que a educação e aprendizagem são conceitos diferenciados, onde a primeira é uma espécie de aprendizagem processada pelos espaços formais, como a escola e as universidades, e a segunda é encontrada em estado bruto, na vida, nas relações sociopolíticas, nas brincadeiras, nas manifestações religiosas, culturais, estéticas, nos saberes populares, constituindo-se, portanto como matéria-prima da primeira. Uns dos desafios, apresentados pelo pesquisador inglês, refere-se a avaliação do processo de aprendizagem não-formal e informal, já que, por definição, são de natureza mais inconsciente do que consciente. “A Educação não-formal e informal são como a respiração, embora não tenhamos consciência, ela está a se processar e a manifestar seus efeitos vitais”, disse Alan Rogers.


O Colóquio foi organizado em conferências, painéis de discussão e comunicações, onde mais de 300 inscritos divulgaram o resultado dos trabalhos desenvolvidos em vários países. Os brasileiros participaram ativamente de todo o Colóquio, seja nas comunicações, seja nas participações diretas feitas durante todo o encontro, a ponto de, ao término deste, umas das falas finais foi de agradecimento aos participantes brasileiros, por suas contribuições.


Para o Projeto Bairro Educador, o Colóquio foi uma forma de ampliar os horizontes conceituais e de experiências sobre um caminho de educação integral em que o CIEDS vem assumindo o protagonismo no Rio de Janeiro.

Por Adriano Araujo

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